OPINIÃO

Os desafios, as dificuldades e a responsabilidade

Ser dirigente de uma Associação como a Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Vagos constitui, obviamente, um orgulho, mas acima de tudo muita
responsabilidade.
Temos a ideia de que ainda não se compreende bem o funcionamento de uma
Associação deste género, onde, ao contrário do que seria normal e espetável, o
estado central não apoia e apenas exige.
Não fosse a abnegação dos nossos Bombeiros, a dedicação dos nossos Sócios, a
amizade e reconhecimento da População e das Empresas, o apoio da Câmara
Municipal e o esforço diário de TODOS, seria impossível manter o apoio ao nosso
concelho e à nossa população.
No apoio que prestamos a nível Nacional, como sabem, sofremos uma baixa da
viatura de Comando (VCOT 01) que ardeu, felizmente, sem qualquer baixa de
operacionais, mas para ajudar, no dia seguinte a outra viatura de Comando (VCOT
02), o velho Pajero, quando regressava do mesmo incêndio queimou o motor, o
que nos deixa desguarnecidos para esta época complicada.
A este propósito a Direção colocou-se no terreno e estamos já a preparar uma
alternativa para esta situação, sendo certo que, teremos de recorrer à ajuda de
TODOS, para fazer face a este imprevisto.
Na verdade, são muitas as necessidades operacionais da nossa Associação, isto é,
ao longo destes 5 anos em que presido à AHBVV, diretores e bombeiros unidos,
conseguimos as tão necessárias obras dos 1.º e 2.º pisos do quartel que estamos
a pagar com recursos próprios, adquirimos mais de 8 viaturas, adquirimos
fardamento e EPI’s, adquirimos vários equipamentos, apoiámos a construção da
nossa cozinha que foi totalmente erguida pelos nossos Bombeiros, enfim, muito
se fez, mas muito falta fazer.
Atualmente necessitávamos de dar continuidade às obras e renovar o rés do chão
do nosso quartel, nomeadamente, os balneários e o parque de viaturas,
necessitávamos de adquirir uma viatura de combate a incêndios industriais,
atento o crescimento das nossas zonas industriais, necessitávamos de mais uma
ambulância, pois são grandes os números de serviços prestados diariamente, mas
infelizmente, sozinhos é impossível.
Para além do quotidiano esforço de prestação de socorro, de que somos a face
visível, somo-lo também quando os fogos assolam o nosso concelho e os
concelhos que nos são vizinhos. Somos, também, nos dias de hoje, uma Associação
que apoia outros tipos de carência, porque não negamos a ajuda a quem dela
efetivamente precisa.
Para conseguir manter a operacionalidade que se sente na prontidão do socorro,
lutamos diariamente contra as dificuldades a que ninguém é alheio, procurando o
apoio da população, de beneméritos e amigos.
Estamos convictos que, como diz o povo, a necessidade aguça o engenho e, por
isso, vamos continuar a lutar diariamente por alcançar estes e outros objetivos,
conscientes de que o futuro destas Associações passará, necessariamente, pela
profissionalização dos nossos Homens com o reconhecimento do trabalho que
diariamente prestam.
Com a sua ajuda, continuaremos a lutar, pois UNIDOS somos MAIS FORTES!

Nuno Moura
Presidente da Direção da
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vagos

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