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A obesidade é um dos maiores desafios de saúde pública e está longe de ser apenas uma preocupação estética. Em Portugal, mais de metade da população tem excesso de peso, reflexo do sedentarismo e de uma alimentação pouco saudável, rica em açúcares e gorduras saturadas. No entanto, fatores genéticos, hormonais e psicológicos podem também contribuir para a obesidade. O excesso de peso está associado a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono e até alguns tipos de cancro. Além disso, afeta a mobilidade, sobrecarrega as articulações e compromete a qualidade de vida. Contudo, os impactos não são apenas físicos, podendo também afetar a autoestima e contribuir para ansiedade e depressão.
O mais importante é perceber que, com algumas mudanças no estilo de vida, é possível prevenir e reverter a situação. Manter uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico regularmente e garantir um bom descanso são medidas fundamentais para controlar o peso. O acompanhamento especializado pode ser fundamental para o estabelecimento de um plano personalizado.
Mais do que uma preocupação estética, controlar o peso é um investimento na saúde. Pequenas mudanças fazem uma grande diferença e podem evitar complicações futuras, garantindo mais qualidade de vida e bem-estar.
Márcia Moreira Costa, médica interna na USF Senhora de Vagos
