EFEMÉRIDE

Vagos no Guinness com maior pão de chouriço

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CANDIDATURA. Foi visto por uma romaria de gente, que tomou de assalto a estrada florestal que liga Vagos à Vagueira. Aqui se desenrolou, em Julho de 2005, a «Festa dos Padeiros e do Pão», no troço da ciclovia entre a Zona Industrial e a chamada rotunda do barco, junto ao parque de merendas. A iniciativa, de âmbito nacional e internacional, foi da responsabilidade da Câmara Municipal, Comissão de Festas, duas empresas sediadas em Vagos (Ferneto e Mistolin), e ainda a DSM, Gérmen, Ramalhos e Nobre.
Em causa estava, a confeção do maior pão com chouriço do Mundo, cujo recorde pertencia a Viseu, que detinha 974 metros, e viria a ser facilmente superado.
Envolvendo mais de 400 profissionais, ligados ao setor da panificação, o pão gigante saído do forno acabaria por atingir 1.211,60 metros. Devidamente certificado pelo aferidor oficial da autarquia, na presença do presidente Rui Cruz e demais elementos ligados à organização. Condições necessárias para a confirmação, pelo Guinness do novo recorde, conforme deu conta o júri, nomeado para o efeito – Custódio Ramos, chefe do gabinete do Governador Civil, Artur, Jorge em representação da Região de Turismo Rota da Luz, e ainda Manuel Bogalho, presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Boa Hora.
VAGOS À FRENTE. Dezenas de voluntários montaram a estrutura, durante uma semana. Segundo a organização, foram precisas 52 horas de cozedura ininterrupta, em forno elétrico de túnel com 10 metros de comprimento, para confecionar os cerca de 1.250 metros de pão com chouriço. Feito de acordo com a receita tradicional portuguesa, por cada metro de pão com cerca de 120 mm de largura, foram utilizados os seguintes ingredientes: 4 kg de farinha de trigo, 2.5 litros de água, 200 gr de fermento, 100 gr de sal e 2.2 kg de chouriço.
O produto final acabaria por ser partido às fatias, a todos os presentes, tendo as receitas sido revertidas a favor dos Bombeiros Voluntários de Vagos e Cruz Vermelha Portuguesa de Aveiro.
Entusiasmado com a iniciativa, que ficaria mundialmente conhecida como a «Festa do Padeiro e do Pão», o presidente da Câmara considerou que a excelência da pastelaria vaguense foi posta à prova, pela primeira vez. «A tradição é muito forte, e estende-se um pouco por todo o país e pelo mundo», reconheceu Rui Cruz.
Com um custo aproximado de 250 mil euros, dos quais 90 mil assumidos pelas duas empresas de Vagos, através de patrocínios das principais marcas nacionais ligadas ao ramo alimentar, especialmente farinha, fermento e chouriço. A ausência da cobertura televisiva, como sucedeu em Viseu. Um alegado «boicote», que terá sido «comandando à distância por Viseu», acusou um sócio da empresa Ferneto. A que não seria alheio o facto do edil visiense, Fernando Ruas, ser «também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)», acrescentou.

Eduardo Jaques

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