Tem a Palavra a Mesa
O envelhecimento, sendo um processo natural de todo o ser vivo, mas do ser humano em particular, tem vindo a tornar-se matéria de estudo e debate em Portugal desde 2017.
Também as Misericórdias têm feito parte deste debate, tendo vindo a implementar uma mudança na mentalidade dos intervenientes.
O interesse das Instituições em possibilitar e acreditar que a prevenção para um envelhecimento ativo e saudável das pessoas constitui uma mais valia para a sociedade, obriga a criar estratégias diferentes. Por isso, as Misericórdias procuram respostas que permitam à população condições dignas, nesta fase tão importante da vida, que assentem nos princípios da gerontologia moderna. Contemplar os direitos, a autonomia e a liberdade dos cidadãos, independentemente da faixa etária em que se encontram, é um dever da sociedade.
Por outro lado e de enormíssima relevância, está a atenção da família, que, conhecendo de perto o quotidiano dos seus membros, facilmente estará desperta para reconhecer eventuais perturbações ou necessidade de adaptação ao trajeto normal destes.
Em paralelo, é urgente assegurar de forma constante serviços médicos, de enfermagem e de reabilitação, visando em particular a valência do Apoio Domiciliário. Esta será uma resposta que efetivamente cobrirá uma significativa parcela de utentes e cuja ajuda às respetivas famílias será valiosa.
A melhoria da qualidade de vida no envelhecimento não pode deixar de contar com o papel das autarquias enquanto entidades responsáveis pelas mudanças estruturais nos projetos habitacionais e de lazer que implementem uma nova regulação na acessibilidade de todos.
Neste contexto e tendo em conta o novo modelo orgânico de funcionamento das valências de futuro dedicadas ao envelhecimento, a Santa Casa da Misericórdia de Vagos, tem vindo a identificar os problemas e de todas as formas viáveis a pôr em prática soluções que possam permitir um prolongamento da vida em condições humanas merecidas.
O Provedor
Paulo Gravato