No dia 4 de março celebrou-se o Dia Internacional da Consciencialização sobre o Vírus Papiloma Humano (HPV). O HPV é o nome dado a um grupo de vírus transmitido principalmente através de relações sexuais e afeta até 80% das pessoas sexualmente ativas em algum momento da sua vida. Geralmente não provoca sintomas e desaparece espontaneamente ao fim de 1 a 2 anos. No entanto, em alguns casos a infeção persiste, aumentando o risco de contaminação de parceiros e de desenvolvimento de condilomas, verrugas genitais e de cancros como o do colo do útero, pénis, ânus, cabeça e pescoço.
A principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, sendo que Portugal apresenta uma taxa de vacinação a rondar os 87%. Segundo o Plano Nacional de Vacinação, a vacina realiza-se em rapazes e raparigas aos 10 anos de idade sendo necessárias duas doses.
A realização do rastreio do cancro do colo do útero (conhecido como Papanicolau) com a pesquisa de HPV, inicia-se aos 25 anos e deve ser feito periodicamente em todas as mulheres com atividade sexual, de forma a detetar e orientar alterações o mais precocemente possível.
Além disso, o uso sistemático de preservativos também reduz a transmissão do vírus.
O HPV não discrimina idade nem sexo, tornando a prevenção fundamental para todos. A consciencialização e a adoção de medidas preventivas são essenciais para combater esta ameaça à saúde pública.
Márcia Moreira Costa
Médica interna na USF Senhora de Vagos