“Não era moda,” mas a necessidade que se fazia sentir nos tempos dos nossos avós.
A roupa velha não era deitada nos contentores/lixo, mas reutilizada para os filhos e destes passava para os irmãos mais novos. Quando já não era utilizada fazia-se, com os restos de tecidos, mantas de trapos que aqueciam os velhos e novos em tempos de frio.
Faziam-se também bolsas para colocar o feijão seco, o arroz, o grão, figos e outros. O pão era colocado em sacos de pano e deixava-se à porta a aguardar o padeiro. Não havia sacos de plástico ou papel, mas sim o uso de papel pardo ou papel vegetal para fazer cartuchos que embrulhavam o açúcar, o bacalhau, o chouriço, etc.
Nas refeições as sobras serviam para alimentar a criação de galinhas, porcos e outros animais domésticos e serviam também para adubar as terras.
As bebidas eram vendidas em garrafas de vidro que eram guardadas para depois se recuperar o vasilhame.
Ia-se buscar o leite às leitarias numa leiteira e dava-se leite nas escolas às crianças mais necessitadas.
O calçado era reparado e consertado no sapateiro.
A roupa era arranjada na costureira e remendada em casa.
Vivia-se com carências, sem excessos de consumo e excessos de desperdícios, essencialmente alimentares.
Hoje o desafio é combater estes excessos de desperdícios e resíduos alimentares.
Éramos felizes e hoje buscamos a felicidade!
Colaboradora de SAD