Tem a Palavra a Mesa
Ainda há quem queira acreditar num PAI NATAL… só para alguns!
De que nos vale falarmos de humanidade, se os direitos humanos básicos não são cumpridos? Nas pequenas infrações do nosso dia-a-dia (achamos nós) …
Nunca desistas da gentileza, nunca renegues um “Bom dia!”, nunca!!
O teu dia será melhor, o teu sorriso será iluminado por quem receba o teu.
Acredita e tudo se pode recompor: se analisares cada ato teu, como se de outrem se tratasse
Mais depressa chegas ao obsoleto pensamento abjeto, à vil mágoa que só magoa, não cura, não sara.
Coloca-te no lugar do outro! Sim daquele que acabaste de destratar.
Gostarias que assim te abordassem? Qual seria a tua reação?
A vida é um contínuo fluxo de energias: se envias negatividade, ela voltará a ti a qualquer momento.
De nada vale o sono dos justos, se a honorabilidade não for o caminho.
Nunca maltrates um(a) idoso(a) – a idade passa também para ti muito mais rápido do que o que possas imaginar!
Nunca menosprezes um semelhante, é a ti que menorizas, inferiorizas…
Ninguém é mais importante que outrem, por mais títulos, cargos ou comendas que exiba.
Acabamos todos a sofrer o que cá andamos a fazer. Tantas riquezas colocadas no lamaçal da ignomínia, pelo mal que provocaram para serem “conquistadas”. Ter-lhes-ão proporcionado um final mais feliz por isso? Não me parece!
É a relatividade aplicada à solidariedade, à humanidade que há em nós.
Não, não vou voltar à parábola da manada dos elefantes…. Estudemos as regras da coexistência no seio de outras espécies! Logo as nossas serão revistas, pela falta de sentido de grupo, pela falta de inteligência: de desregramento em desregramento, a humanidade caminha para a lamentável falência do humanismo.
Não, não sou utópica! Não, não vivo numa bolha!
Apenas não desisti da humanidade que me foi legada por uma mãe abnegada, solidária até ao derradeiro fio de luz da sua existência; por um pai sempre divertido e amigo do seu amigo … e tantos amigos o traíram, tão ingénuo era!!
De nada serve lamentar a sua sorte, se a dos outros não nos interessa – ao olharmos para os problemas dos outros, talvez os nossos se anulem, se esfumem …
Se nos centrarmos apenas nos nossos problemas, são esses que nos farão sucumbir.
Quero acreditar que ainda vamos a tempo, que…
…essas serão as prendas que nos chegam sem darmos conta: a fraternidade, a solidariedade,
a empatia, a combatividade na injustiça.
Quero acreditar – a cada dia que nasce, é esse o meu credo!
Todos merecemos um dia melhor e só precisamos começar pelo singelo” Bom dia”!
Honesto, genuíno, compassivo, revelador da nossa capacidade de dar!
O que desejarmos ao outro, a nós será genuinamente concedido!
Quero acreditar!
Bom Natal a todas e todos
Com todas as prendas que brotam das nossas mãos
que já oferecemos a cada dia que começa!
É no oferecer que se encontra o receber!
Maria do Céu Matos
Mesária
