ECO DA SANTA CASA

Estamos de férias na CAR!

A escola, para a maior parte das nossas jovens, é um assunto que só voltará a ser tema de conversas em setembro e, na melhor das hipóteses, umas semanas antes quando as saudades dos amigos de escola começarem a apertar. O mês de junho traz as tão desejadas alterações às rotinas semanais. Nada de levantar cedo, nada de horas de estudo, mais tempo para usar o telemóvel …. Depois a esta equação tão ao gosto delas ainda acrescentamos as muitas atividades que vamos fazer durante o verão, as saídas para as praias e as piscinas, as visitas a monumentos, museus e outros que tais, os desejados parques aquáticos, as saídas de campo para piqueniques e praias fluviais e, sempre que possível, havemos de dar um pé de baile pelas festas e festivais da região. Jovem que é jovem gosta de colecionar pulseiras de concertos.
Porém, a vida do dolce far niente não é para todas na mesma dose de descontração. Por estes dias ainda temos meninas a prepararem-se para os exames do 11.º ano e do 9.º ano e outras em cursos profissionais que se vão manter pela escola durante o mês de junho e julho. Acrescentamos ainda as turistas estagiárias. São várias as nossas jovens que estão em estágios que se vão prolongar até ao final de agosto pela ilha da Madeira. No Porto Santo ou no Funchal o charme das nossas meninas estará a banhos, fazendo experiências profissionais de elevada qualidade em hotéis importantes da zona. Benditos telemóveis que nos ajudam a manter a proximidade para saber como estão e para ajudá-las a resolver aquelas pequenas grandes dúvidas que lhes surgem quando ficam por sua conta e risco e têm que saber responder responsavelmente. Yes, quando regressarem a casa até o inglês delas estará mais adulto.
No meio desta azáfama de saídas e atividades a mais desejada por, quase, todas é mesmo o poder regressar a casa e matar saudades das suas coisas, dos seus animais de estimação e de alguns familiares. Este é talvez o momento que mais dificuldades nos traz. Na impossibilidade, temos que conseguir trabalhar sentimentos e pacificar emoções difíceis. Nem sempre o tempo de visita é o desejado, nem sempre é possível a visita à família, nem sempre estão reunidas as condições necessárias para que tal possa acontecer em segurança e nem sempre as visitas são desejadas. A aceitação destas condições é um processo muitas vezes doloroso apesar de ser também um processo de grande construção emocional.
É nesta rede de laços que se apertam e desapertam e se repetem a cada ano que nos vamos construindo como casa de acolhimento para preparar cada partida que se anuncia e sabermos acolher os novos desafios.

Casa de Acolhimento Residencial

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