Antestreia destinou-se, como habitualmente, aos funcionários da Santa Casa de Vagos e a estreia fez as delícias do público no sábado das festas da vila
Bernardo, arquiteto, tem três noivas. Mas cada uma desconhece a existência das outras – que além do noivo, têm em comum o facto de serem hospedeiras de bordo. É essa, em moldes muito resumidos, a sinopse da peça “As Hospedeiras”, levada a cena pelo Grupo de Teatro Fantástico, da Santa Casa da Misericórdia de Vagos, cuja antestreia, na quinta-feira que antecedeu as festas da vila, encheu o Centro de Educação e Recreio com funcionários da Santa Casa e seus familiares. No sábado da festa, como habitual, aconteceu a estreia oficial, no mesmo local. Nas duas sessões, não faltaram gargalhadas do início ao fim do espetáculo.
Grace, Gabriela e Gretchen (interpretadas por Mónica Almeida, Sónia Martinho e Teresa Gaspar) são hospedeiras de diferentes companhias aéreas, que nunca estão em Paris – cidade onde se desenrola a trama – ao mesmo tempo. Mas imprevistos de última hora nos voos trocam as voltas a Bernardo (Fernando Morgado), que perde o controlo de uma situação que julgava não ter quaisquer falhas. Nem a ajuda de Antoine (José Gonçalves), o seu fiel mordomo – que altera ementas, troca fotografias expostas na casa e cuida do apartamento, para ajudar a manter a farsa dos três noivados –, lhe vai valer. E a situação complica-se com a chegada da visita inesperada de Roberto (Artur Rosa), seu amigo de infância.
João Domingues, vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vagos, referiu o facto de a peça – que, nas suas palavras, “é provavelmente a comédia mais representada em todo o lado” – ter sido traduzida do inglês por Sandro Mouro. Depois, o texto, que data dos anos 60, foi encenado, como é habitual, por João Mário Fernandes. Cenografia, luz e som, design gráfico e comunicação, figurinos, caracterização e produção ficaram a cargo de uma equipa que conta, no total, com cerca de duas dezenas de voluntários.
S.F.
