NO CONCELHO

Quase metade dos vaguenses votaram na AD

Chega ficou em segundo lugar em todas as oito freguesias do concelho e PS arrecadou apenas 12,95% dos votos, cerca de menos 9% do que em 2022

A Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) foi a força política mais votada no concelho de Vagos, com 49,05%, ou seja, 6 641 votantes. Num ato eleitoral em que 60,61% dos vaguenses compareceram nas mesas de voto – ligeiramente inferior aos números nacionais, onde se registou uma taxa de adesão de 66,23% –, o Partido Socialista perdeu o segundo lugar para o Chega, que foi o segundo partido mais votado, com 22,06 % (2 987 votos). Nas últimas eleições, em 2022, os socialistas tinham sido preferência de 22,14% dos votantes vaguenses, mas desta vez fixaram-se, apenas, nos 12,92% (ou seja, 1750 votos).
Ainda sem primeiro-ministro indigitado – uma vez que à hora do fecho desta edição estavam por apurar os resultados dos círculos eleitorais da Europa e do resto do Mundo –, tudo indica que Luís Montenegro fique à frente dos desígnios do país, naquele que se prevê um mandato difícil, uma vez que a aliança democrática conseguiu eleger 79 deputados para a Assembleia da República – longe, por isso, da maioria que lhe permitiria governar com tranquilidade –, contra 76 do PS. O Chega, por seu turno, quadruplicou os resultados das últimas eleições, conseguindo eleger 48 deputados e fixando-se como a terceira força política do país.
Com os resultados conseguidos pela Aliança Democrática (AD), Silvério Regalado, presidente da Câmara de Vagos, agora com o mandato suspenso, foi eleito deputado, rumando a Lisboa mal a nova Assembleia da República tome posse. Vagos mantém-se, assim, representado no Parlamento, de onde sai Rui Cruz.
Vagos no “top 10”
O concelho de Vagos figura, também, na lista dos 10 municípios portugueses onde a AD conseguiu melhores resultados. A coligação conseguiu vingar maioritariamente a norte, tendo ficado com mais de 50% dos votos em seis territórios (Sernancelhe, Boticas, Calheta – na Madeira –, Valpaços, Calheta – nos Açores – e Alvaiázere). Mas Vagos surge logo a seguir, em sétimo lugar do “top 10” dos concelhos onde mais eleitores votaram na AD.
Olhando para as oito freguesias, aquela em que a coligação encabeçada por Luís Montenegro foi a preferência de maior percentagem de eleitores foi Fonte de Angeão e Covão do Lobo, onde conseguiu 56,28% dos votos (748 eleitores). Em contrapartida, o pior resultado para a AD, ainda assim muito longe do Chega, que ficou em segundo lugar em todas as freguesias, registou-se em Soza, com 43,80% (710 votos).
No que à abstenção diz respeito, Vagos e Santo António teve a maior percentagem de eleitores a irem votar (65,85%) e a Gafanha da Boa Hora a menor adesão (com apenas 45,61% dos eleitores a irem às mesas de voto).
ADN ficou em sexto
Ficando em posição diferente daquela que alcançou a nível nacional, o Chega, em Vagos, subiu do terceiro para o segundo lugar, trocando de posição com o PS, comparativamente aos resultados das eleições legislativas de 2022. Em quarto lugar, por seu turno, surge a Iniciativa Liberal, com 4,32% dos votos (585 eleitores), seguida do Bloco de Esquerda, que foi opção de 2,39% dos votantes (324).
Acompanhando a tendência de crescimento que aconteceu a nível nacional, e que chegou a ser apontada como um engano no momento do voto – devido à semelhança com o nome da Aliança Democrática –, o partido ADN (Alternativa Democrática Nacional) ficou em sexto lugar, em Vagos, com os votos de 2,10 % dos vaguenses (285 eleitores). No entanto, a nível nacional, foi a nona força política mais votada.
Em território vaguense, o Livre ficou em sétimo, com 1,74% (235 votos), o PAN em oitavo, com 1,35% (183 votos), e a CDU (PCP-PEV) em nono, ao ter sido escolha de apenas 0,70% dos eleitores (95 votos).


S.F.

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