Assim diz o poeta e é bem verdade
Mas também é verdade, que muitos nossos irmãos e quantos deles bem perto de nós, imploram que seja Natal todos os dias.
Até parece que algumas das 14 Obras de Misericórdia, como “Dar de Comer a quem tem fome”, “Dar de beber a quem tem sede”, “Vestir os nus” e outras mais, quantas vezes, nos tempos que correm, andam de mão dada com o dinheiro.
Pois é … muito embora àqueles que nos procuram a nossa resposta seja sim, quase de imediato vem a pergunta … “ e quem paga ? “
Sabemos bem, para que possamos dar ajuda aos mais carenciados, são necessários meios humanos e materiais. Quantos de nós já não dissemos ou ouvimos dizer, que o “subsídio” do governo não chega?
Não será altura de se pensar que a relação das Misericórdias e de outras Instituições de Solidariedade, assim reconhecidas, deva ser oficialmente estabelecida com o Estado Português e não tão somente com o Governo do momento?
A postura atual, para além de obrigar aqueles que nos representam a um esforço constante de negociações, tal facto vai criando enormes dificuldades, algumas bem graves, para podermos cumprir os compromissos, nomeadamente com os nossos colaboradores e/ou fornecedores, dos quais totalmente dependemos, para apoiarmos aqueles a quem propusemos fazê-lo.
É nosso dever é nossa vocação, ajudar quem mais precisa e não podemos cair numa Caridade alicerçada somente no dinheiro.
Será fruto dos tempos egoístas que se vivem, ou será por falta de atitude, que muitas vezes nos inibimos de agir e apenas nos limitamos a reagir?
Que nunca nos falte a coragem, que nunca nos faltem as forças para ajudar.
Um Natal todos os dias
Vitorino Moreira Rocha
Mesário