Ontem conseguia mexer a minha mão, levar a minha comida à boca e, subitamente, hoje já não consigo….
A dependência é uma coisa difícil de gerir, de ambas as partes, ou de vários ângulos, se assim o preferirmos…
Um dia os nossos filhos dependeram de nós, vários meses, anos, de dependência, que nos limitou, mas, também, que nos proporcionou tanta felicidade, amor na plenitude!
Agora, nesta fase da nossa vida, somos nós, os adultos, a depender, somos nós que conhecemos a outra face, perdemos autonomia(s)!…
É duro? Pode ser!
É triste? Pode ser!
Pode ser sim, tudo dependerá da forma como o encaramos (nós e os outros) …
Se a realidade é um ponto de vista, nós poderemos escolher o nosso, e sim, a dependência pode ser dura e triste, mas, pode, também, ser uma alavanca para uma nova perspetiva de vida, para uma nova vida, pode abrir uma janela de oportunidades novas e tão distintas da realidade que teremos vivido até à data.
Mas, muitas vezes, traz-nos tristeza, agonia, lágrimas de saudade do tempo em que eramos autónomos ou lágrimas de vontade de partir para outros planos, lágrimas de raiva até!
A natureza é como é, dizem-na perfeita!
Sim?
Não?
Talvez?
Isso que importa?
Importa o que cada um de nós sente, o que cada um de nós vive…
Como se manifesta em nós esse turbilhão de emoções, de sensações, de vivências…
Importará, também, a nossa consciência (se a tivermos, ainda) de tudo isso!
Importará o trabalho da ERPI!
Estrutura Residencial para Pessoas Idosas