Novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Vagos tomaram posse, encabeçados por Paulo Gravato como provedor
Os novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Vagos tomaram posse, a 6 de janeiro. A lista única que concorreu às eleições da instituição era constituída por duas dezenas de pessoas. E Paulo Gravato, provedor há 38 anos, assumiu o compromisso de liderar a equipa por mais quatro. Antevendo um mandato difícil, já a começar no ano que agora começa, o provedor mostrou-se confiante no futuro, piscou o olho aos parceiros da instituição e assegurou que a Santa Casa de Vagos carece de solidez financeira para poder concretizar alguns projetos que tem na manga.
“Estamos a delinear uma estratégia nova, com vista a três pontos fundamentais. Um tem a ver com a modernização tecnológica, outro com a sustentabilidade da Misericórdia e, um último, com novas propostas – algumas já apresentadas –, que carecem de solidez financeira para que se possam vir a concretizar”, adiantou Paulo Gravato, na tomada de posse.
Para o provedor, “este mandato não vai ser fácil”. “Mas acreditamos na capacidade de podermos mobilizar toda a gente, principalmente os nossos parceiros, aqueles que connosco costumam trabalhar, como as empresas sedeadas no concelho de Vagos. E também a Câmara, que nos tem apoiado em todos os projetos para os quais solicitamos apoio”, apelou Paulo Gravato.
Durante os próximos quatro anos, como resultado das recentes eleições, Óscar Gaspar assume funções de presidente da Assembleia Geral e João Mário Fernandes de presidente do Conselho Fiscal. E Paulo Gravato fez questão de enaltecer o trabalho daqueles que, nos últimos anos, têm passado pelos órgãos sociais da instituição. “O provedor é apenas mais uma peça da Mesa Administrativa. Queria deixar o meu reconhecimento a todos pelo esforço que tem vindo a ser feito. As obras falam por si e, mesmo assim, acho que esse trabalho nem sempre é reconhecido por muitos. Nós, irmãos da Misericórdia, devemos orgulhar-nos do trabalho que foi feito por todos os que por aqui passaram”, frisou o provedor.
Serviço à comunidade
Aproveitando a coincidência da tomada de posse ter acontecido em Dia de Reis, Óscar Gaspar aproveitou para, de forma simbólica, comparar os membros dos órgãos sociais da Santa Casa com “os reis magos que, diz a lenda, foram até ao estábulo onde nasceu Jesus e entregaram ouro, incenso e mirra”. Hoje, a realidade é outra. “Não há reis aqui. Temos que ser nós, a sociedade civil, a substituir-nos aos reis, e a prestar uma série de serviços à comunidade”, sublinhou o presidente da Assembleia Geral, lembrando o trabalho que a Santa Casa de Vagos desenvolve em prol “dos meninos que nascem nas manjedouras, dos meninos todos da nossa terra, das pessoas de mais idade e, até, de jovens que não são da nossa terra mas que, por necessidade, acolhemos”. Sem esquecer outro tipo de serviços à comunidade vaguense, como aquele é prestado “pela Mordomia do teatro”.
De olhos postos no trabalho do próximo quadriénio, Paulo Gravato afiançou que se sente “orgulhoso por mais este mandato, com as pessoas que temos na Mesa Administrativa e nos restantes órgãos sociais”. E salientou que a lista que foi apresentada a eleições – com dois novos membros, que não faziam parte da anterior – foi votada pelo maior número de sempre de irmãos da Santa Casa de Vagos.
Por fim, o provedor aproveitou a ocasião para destacar o trabalho “formidável das 150 pessoas que integram a equipa que, diariamente, trabalha na instituição”. E deixou uma promessa: “Para nós, há uma aposta que nunca acaba, que é a da qualidade. Preocupamo-nos sempre com a qualidade dos serviços que prestamos e vamos continuar a fazê-lo. Conto com todos e os nossos utentes contam connosco”.
S.F.